sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Grito ao silêncio

Ali estava!
E numca estava sozinho, algo sempre ficara.
Restava-lhe a dúvida da vida.
Restava-lhe a dor das palavras.

As lágrimas não eram de culpa.
Sua conciência não estava pesada.
Seus sonhos já guiaram sua vida.
Músicas já inspiraram suas falas.

Hoje, culpa o destino.
Grita ao silêncio para ô escutar.
Nada é fácil de entender,
Quando não se quer acreditar!
Nada é fácil de esqueçer,
Quando não se quer recomeçar!

Hoje, as mágoas do passado
Servem como refúgio e desculpa,
Por não conseguir encarar o presente.
Sente falta de si mesmo.
Olha-se sempre no espelho.

Ele não tem mais o mesmo sorriso.
Ele não sabe mais quem está vendo.
Quer ter devolta seus sonhos,
E todo o resto que perdeu com o tempo.

4 comentários:

  1. Sim, estou lendo teus textos. Pensei que depois daquele comentário infame, lá no fundinho, algo fosse mudar pelo menos na forma de você ver a vida, ou pelo menos teus textos. Eu devia saber, encontrar a felicidade não é pros fracos.

    Bonito texto

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  2. Não estou julgando, apenas comentando ;)

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  3. O vácuo não propaga som, isso é uma lei física. Deixa a coragem e a sorte invadirem tua alma, depois disso todas as coisas boas se multiplicarão feito eco. :D


    Abre as janelas da tua casa e deixa o sol entrar! Quando a gente passa muito tempo no escuro, a claridade sempre parece encomodar a vista, mas é preciso ter coragem de abrir os olhos para ver as belezas do mundo.

    Bonito texto, cheio de verdades disfarçadas de poesia.

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  4. "Nada é fácil de esqueçer,
    Quando não se quer recomeçar!"

    Identifiquei-me por inteiro neste poema. Se fosse um pouco mais boba do que já sou, acharia que tinha escrito sonâmbula e que tu tinhas me copiado, de tão luva sabe?!

    Que dor que há aí senhor Rafael?

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